A sociedade precisa recuperar seus valores

A sociedade precisa recuperar seus valores.

Veja bem, eu acho que é melhor eu parar de estudar e trabalhar, fazer aulas de piano e culinária, para assim meu pai conseguir me arrumar um noivo de boa família, cidadão de bem, que vai receber um dote do papai (afinal, tem que pagar para casar a filha) e vai me fazer muitos filhos (quantos ele quiser, afinal, em uma sociedade de valores a voz feminina é a voz da EVA, do pecado, da que induz o homem a fazer coisas horríveis- o marido TEM que mandar na casa). Vamos ser muito felizes e ele terá um caso com a minha melhor amiga. Que é a melhor amiga que ele escolheu para mim porque todas as amigas que eu tinha antes de conhece-lo não são boa influência. Porque eu me casei com um homem de bem. Com valores.

É uma boa, também não vou precisar votar. Para que a opinião feminina em uma sociedade que busca VALORES?

Roupa curta, sair sozinha, ter meu próprio dinheiro, ouvir funk… isso tudo ACABA com a sociedade e destrói a família. Tudo isso me torna disponível, e se eu for deflorada antes do casamento, nenhum homem vai me querer,  perdi meu valor. Enquanto isso os pais levam os filhos de 13 anos para lugares onde eles possam se tornar homens. É isso, sociedade de valor. Como tem que ser.

E AI dos filhos que tentem lavar louça pra ajudar a mãe. São surrados até a morte, porque TEM QUE APRENDER A SER HOMEM.

Os homossexuais, por favor, voltem para o armário. Não que alguém tenha alguma coisa contra vocês, mas façam suas coisas escondidos, como todo homem/mulher de bem. Casem-se com uma boa pessoa do sexo oposto, uma boa mulher para cozinhar para você e massagear seus pés quando você chegar do trabalho cansado, ou, se você for um mulher, case-se com um homem com valores. Se você for homem, pode buscar bordéis a noite, e satisfazer seu prazer pelo mesmo sexo assim, quietinho, sem ninguém saber. Se você for mulher, fantasie. Mas NUNCA fale sobre isso, porque todos tem que achar que você é uma esposa dedicada, uma mãe amorosa, sem um pingo de ‘maldade’ na cabeça. Um absurdo você querer liberdade sexual. Isso não está incluído na lista de valores que a sociedade precisa recuperar.

Sobre a questão dos bórdeis, os maridos heterossexuais também farão muito uso, afinal, existem coisas que não se faz com a esposa na cama. JAMAIS. Você tem valores e respeita sua mulher.

Em relação ao aborto, com orgulho podemos dizer que não mudamos um cm desse valor. A gente deixa como está. Quem tem dinheiro faz escondido com segurança, quem não tem enfia o cabide na perereca e morre de hemorragia. Os mais exaltados contra essa prática continuam levando as amantes na surdina para fazer, as mulheres que se colocam a favor disso são taxadas como PROSTITUTAS que querem engravidar de qualquer um a qualquer hora e simplesmente matar um monte de bebês depois. De novo, a mulher, a Eva, a cruel.

Os programas de televisão vão ser censurados. Não se trata de qualidade se trata de valores. A globo hoje em dia tem um reality show que deixa héteros, gays e lésbicas conviverem NA MESMA CASA. E pior. Eles se relacionam entre si. Eles bebem nas festas, pulam na piscina e tiram a roupa. Esse não é o mundo em que eu quero viver. Que horror. Tem novela com casal gay que se beija no último capítulo. BEIJO. Com criança na sala! Eu quero viver em um mundo em que eu não precise TOMAR CONTA do meu filho. Ele tem que poder ligar a televisão a qualquer hora e assistir o que quiser sem que eu tenha esse controle. Porque eu quero que a televisão fique cuidando do meu filho enquanto eu faço outras coisas. Não tenho dinheiro para babá. Se esse tipo de programa, com esse tipo de gente, continuar passando, esses valores errados serão passados pro MEU FILHO. Entende o drama?

Em relação a violência, a gente faz o seguinte: olho por olho, dente por dente, mas só se for pobre. Se pegar um faveladinho roubando espanca muito. E tira a roupa, fotografa e bota no jornal. Se for filho do homem mais rico do país, ou um cantor americano adolescente a gente releva. Quem nunca foi jovem? ESSES VALORES estão sendo recuperados já, ainda bem. Já me sinto em um mundo um pouco melhor.

Divórcio? Nem pensar. Casou, vai ficar até um dos dois morrer, nem que seja de tédio. SE TEIMAR e divorciar, a mulher vai ficar mal falada e as amigas vão se afastar. As amigas que o marido previamente escolheu.

Adultério? Se for homem é permitido, inclusive esperado. Se for mulher, de repente nessa volta de valores a gente pode ir mais no passado e trazer o apedrejamento de volta. Acho uma boa. As mulheres precisam de uma punição maior, no fim das contas, são elas que acabaram com os valores da sociedade desde o início. Elas e os gays. As leis tem que ser mais severas em cima das mulheres e dos gays. E dos pobres. É questão de valores.

Acabaríamos com a Maria da Penha. E muito importante: marido poderia forçar a esposa (um bem dele) a fazer sexo, isso nunca seria considerado estupro. A mulher é dele, ele faz o que quer.

Manifestação na rua? Nem pensar. Uma sociedade de valores não precisa disso. Os ditadores dos valores da sociedade saberão o que é necessário. Você não quer agir assim sem saber antes se o que você faz vai contra os valores que estamos tentando recuperar né?

É, a sociedade precisa recuperar seus valores.

Isso é o que um idiota pensa.

P.

People’s right to freedom of speech.

Cansei de ser machista!….

Eis que estou numa night alternativa (#dubstep, #lifestyle…), “solamente con una amiga” pra dançar, curtir a noite, a música e a companhia, NADA MAIS…. e ouço uma das frases mais ofensivas dos últimos tempos. E olha que como mulher, residente no Rio de Janeiro, ouço bastante asneira, mas essa me surpreendeu:

“Posso saber seu nome?!! Só que se você for lésbica, não vou poder mais falar com você!!!”

Vamos analisar essa sentença por um instante. Não obstante da péssima abordagem, se por acaso eu fosse homossexual, ficaria super ofendida, e FIQUEI!!!! Quer dizer, minhas preferências sexuais determinam se eu tenho algum tipo de doença infecto-contagiosa que a pessoa não pode nem sequer conversar comigo? O ato da abordagem a uma pessoa desconhecida, com segundas intenções se resumem aos seguintes fatores: pragmatismo; os homens não se dão mais o trabalho de serem cordeais, ou são clichês ou são uns tratores, é no vai ou racha. Parte do princípio que você já sabe o que eles querem, não vai fazê-los perder tempo, e eles já partem pra uma grosseria sem tamanho. Ou você é homossexual, ou é comprometida, ou é muito bonita e inteligente pra ficar sozinha e é OBRIGADA a aceitar o “afeto coagido”, porque afinal de contas, estar sozinha só pode significar que você tem algum probleminha. Não, eu tenho dois!!…. A de querer ficar sozinha porque infelizmente como em todo mercado, é predominante a Lei da Oferta e da Procura, a demanda não está sendo atendida a altura, e eu tenho um cérebro e a capacidade de escolher o que é melhor e mais confortável pra mim. Meu segundo problema é dispensar idiotas como esse, e são muitos perambulando por aí, como a invasão de zumbis na TV.

Segunda parte da terrível abordagem:

“Entenda que eu acho legal a idéia de você ter um lance com a sua amiga.”

Não. Eu não entendo. Homens é que têm que entender de uma vez por todas, que nós, amigas mulheres não passamos as noites juntas brincando de guerra de travesseiro, vestidas apenas de lingerie. Não cara, isso não acontece. E outra, não entendo e nunca vou entender esse fetiche, e acho uma puta falta de respeito homens que acham legal sugerir, cogitar, sonhar, ter a ilusão de que nós e nossas amigas estamos aptas a suprir esse tipo de fantasia. Acho falta de respeito, desculpa. Tem gente mais liberal, tem gente até que é paga pra fazer isso, mas não significa que a galera pode sair sugerindo isso pra todo grupo de amigas com um pouco mais de intimidade, não, não. Feio.

Então dessa vez eu decidi não culpar as mulheres por termos “herdado” homens, ou supostos parceiros desse jeito. Não culpá-las por no desespero aceitá-los como são, com todos os defeitos horríveis, grosserias, maus tratos, sambando em cima da nossa dignidade. Dessa vez, vou deixá-los assumir essa culpa, afinal a vida deles é MUITO fácil. E nós mulheres já fazemos MUITA COISA, e merecemos MUITO MAIS… Eu me pergunto se homens assim (tentando fortemente não generalizar…) não tem mãe ou irmã. Ainda indo mais longe e querendo justificar com um assunto mais polêmico, os maus tratos a que somos sujeitas… E se Deus na verdade fosse Afrodite; se Jesus fosse Maria Magdalena, se Adão tivesse feito o “casal pecado” ser expulso do paraíso, não a Eva, será que aí receberíamos o respeito e dignidade devida?!! Quando eu penso que o mundo não pode ficar mais machista, senta um “ser” do meu lado e solta a desculpa da “procriação”. PROCRIAÇAO é o meu c*!!! Quer dizer que devemos nos sujeitar e aceitar a poligamia, exclusivamente masculina porque nós, mulheres, fomos feitas pra carregar um projeto de gente durante 9 meses, enquanto meu marido, namorado, peguete, ficante, amante, vizinho, procriador, rei, tô pensando em palavras bem piores…, anda por aí engravidando outras tantas mulheres porque a ciência me sacaneou?!! Sério????? E se eu não puder conceber um filho, sou dispensável pela sociedade. Dane-se se eu tenho um cérebro ou sentimentos? Sou uma chocadeira com chifres?!

Na Lei da Seleção Natural, eu deveria culpar Darwin por excluir homossexuais e estéreis? É isso que se chama evolução?!!! Pra mim Evolução E Seleção é ser criteriosa, ter princípios, e a capacidade de distinção, pelo menos entre um homem e um animal. Por essas e outras, eu que sempre levantei a bandeira do machismo e sempre defendi os homens em TUDO, hoje, não em função ao dia das mulheres que passou há dois dias atrás, mas pela força, sensibilidade, dignidade, respeito, reconhecimento, discriminação, entro no grupo das feministas, com orgulho, um pouco de revolta e muita coisa a dizer.

Patricia Castro

O dia em que eu #canseidesermachista // Créditos – Camiseta Xadrez: Ben Davis / Ankle Boots: Santa Lolla / Maxi Colar e Pulseiras: Renner

Moschino, isso é sério?

Eu não sei o que anda acontecendo nesses desfiles, que tipo de acordos comerciais os estilistas andam fechando com as grandes empresas, ou eu poderia ser mais direta e dizer, as grandes redes de “fast food”, indústrias de bebidas alcoólicas e… Bob Esponja. Meu Deus!! O que deu errado Moschino?? Pop Art, não, não isso tem outro nome. Se o intuito em promover o estilo de vida da classe operária, porque não usou símbolos mais “icônicos” como a “Rosie, The Riveter”. Ia dar muito tecido pro lenço, render looks inúmeros e memoráveis, VENDAVEIS, e eu juro, seria a primeira da lista de compradores. Ia ser uma homenagem linda as mulheres de poder, que são femininas e ainda são capazes de vencer no mercado de trabalho, pau-a-pau com os homens. Mas reformular a linha de uniformes do Mc Donald’s, colocar as pessoas vestidas de lata de cerveja é o que?? A nova campanha da Cheap and Chic?? Acho uma afronta. A estréia de Jeremy Scott em sua primeira coleção pra Moschino, foi um fracasso. Sempre fui fã da marca, principalmente das fragrâncias. As pessoas realmente estão levando a sério essa coleção? Eu não fantasiaria nem um sobrinho pentelho com isso. A Moschino já pode voltar e mostrar a coleção outono/inverno de verdade né?! Não entendo, enquanto todo o mundo da alta costura tá engajada em alguma causa social, eles decidiram se engajar em fritura, carboidrato, cevada e uma esponja que fala. Queria uma explicação. Quem é o RP da Moschino hein? #indignada

Modelo enrolada num papel amassado de chocolate Hershey’s, ou vestido Moschino – Outono/Inverno 2014, se você preferir

Como o tema aqui é rede de “fast food”, e seu principal produto de consumo é o hamburger, nada mais justo que vestidos com estampas de vaca. Achei digníssimo. Muito bom gosto. Moschino – Outono/Inverno 2014 – Reparem na praticidade dessa bolsa de copo descartável, como nunca pensaram nisso antes??! Eu me pergunto..

Lembra do Mc Lanche Feliz?!!! Quando o filho da sua amiga, você, seu sobrinho, ou seu filho pedir, não joga fora não, porque agora virou acessório fashion. Leva pra casa, pendura uma corrente e diz que é um Moschino – Outono/Inverno 2014

E você que achou que não podia ficar pior!! Moletom Mc Donald’s, Ooops… Moschino – Outono/Inverno 2014; com um pouco de senso de humor dá pra sair pra jantar com ele. Tipo no Burger King

Olha que graça Anna Dello Russo já fantasiada na rua. Gente, intervenção!!

Patricia Castro

Essa vai para as INVEJOSAS

Esse é um texto pras invejosas…

Mas peraí… que invejosas???

Eu já estou de SACO CHEIO dessa insinuação mundial, virtual e diária de basicamente 80% das mulheres que eu conheço de que existe um grupo de ‘invejosas’ e ‘inimigas’ que perdem tempo sério se preocupando e rezando, macumbando, torcendo para a vida alheia dar errado.

Como faz pra entrar nesse grupo? Você manda um email para invejosas@invejosas.com com seu CV de inveja pura, e se for chamada para a entrevista tem que provar que se aceita, VAI SIM passar o dia inteiro no facebook da ‘inimiga’, falando mal das celulites, criticando todas as qualidades e se matando de raiva quando ela postar coisas felizes? Sinceramente, não me faz sentido algum. Eu não consigo imaginar alguém que perca seu tempo tomando esse tipo de conta da minha vida. A ex do meu namorado? A atual do meu ex? Uma prima pobre? Uma pessoa que já foi minha amiga e hoje não é mais? Gente, elas trabalham, elas tem vida, elas tem amigos e outros relacionamentos. Elas seguiram a vida delas. E eu segui com a minha. Segui tanto que na verdade não sei se elas seguiram com a delas. Só não me importo. Não é lindo?

Eu simplesmente não entendo. Outro dia li um texto interessante (não sei o autor, li no facebook de alguém) sobre como a nossa geração é insatisfeita, porque quer ser sempre O MELHOR em tudo, e sendo impossível ter uma geração inteira de melhores em alguma coisa, acabamos adultos frustrados. De repente aí começa o X da questão. Antes mesmo de nos tornarmos adultos, na fase ‘adorável’ da adolescência nós começamos a não aceitar mais os nossos defeitos e nossas derrotas e começamos a culpar terceiros por isso. Porque NÓS somos os melhores. Ou seja, nasceu uma espinha na minha testa por culpa da inveja alheia. Perdi meu emprego por olho grande. Quem me critica me inveja. E a responsabilidade? Foi passear?

Já parou pra pensar que a pessoa que te critica as vezes o faz por que quer o seu bem e quer que você melhore, ou as vezes é só sem noção e não sabe a hora de fazer críticas, mas que talvez REALMENTE ela esteja com razão? Independente da motivação da crítica? Sabe, as vezes a gente erra, e é normal, e vão haver críticas, o que é normal, e 95% das vezes as críticas não serão motivadas por inveja. ACEITE. REPENSE. MUDE OU NÃO MUDE, seu critério. Mas siga em frente.

Além disso, SHIT HAPPENS, ou seja, seu pneu vai furar, sua chapinha vai ser estragada pela chuva em um dia que a previsão era de sol maravilhoso, aquele emprego que tinha tudo pra dar certo vai dar errado, seu chefe vai implicar com você, seu namorado vai te trair, e, olha que chocante: nada disso aconteceu porque alguém estava olhando suas fotos no facebook e pensando: ‘que inveja’. Aconteceu simplesmente porque: ACONTECEU. Que horror viver num mundo assim heim? Muito melhor pensar que você é o centro das atenções de uma pessoa maquiavélica que passa o dia pensando como ela pode pensar coisas ruins e mandar pensamentos negativos para tornar sua vida pior.

Óbvio que a inveja existe, é um dos pecados capitais, mas é algo bem menos nocivo do que as músicas (eu culpo o funk carioca) e as novelas fazem parecer. As pessoas vêem a inveja de uma forma tão prejudicial e agem como se o sentimento por si só se fosse uma arma, a ponto de criar o termo ‘inveja branca’ pra designar uma coisa que é a simples inveja no seu puro estado: eu tenho ‘inveja branca’ quando vejo pessoas postando fotos em NY. Eu amo NY. Eu queria morar lá, respirar todo dia aquele ar, fazer compras como se não houvesse amanhã, sentir o calor, o frio, o clima de NY. Toda semana tem alguém lá e eu estou aqui. Eu vejo as fotos e eu sinto INVEJA. Quando você for pra lá e colocar fotos eu vou sentir inveja. Eu penso: ‘nossa, como eu queria que fosse eu!!!’ Gente, isso não faz o avião da pessoa cair, ou NY desabar, ou o dinheiro dela acabar subitamente no meio da viagem. Foi um simples sentimento que eu tive por um décimo de segundo e depois passou, porque eu já estou lendo a próxima postagem no meu feed.

E quem nunca dá uma olhadinha no facebook de alguém que a gente não gosta? Seja ela ex ou atual de alguém, colega de trabalho mala, ou qualquer coisa? Isso é curiosidade normal do ser humano. Olha e pronto. Não fica imprimindo foto e levando pro terreiro, costurando bonequinho com a cara ou amarrando a boca do sapo. É só olhar. Ver se engordou. Comentar que engordou. Rir de uma coisa patética que a pessoa postou. Você faz isso, isso faz de você uma INIMIGA INVEJOSA? Então por que, senhor, por que você passa o dia postando indiretas para as inimigas? Expulsando as invejosas? Lá no fundo, já parou pra pensar que o seu maior medo é o de que ninguém se importe?

Eu sei que ninguém se importa. Isso me traz uma paz que muita gente que eu conheço não tem, porque gosta de achar que tem sempre alguém gerando obstáculos pra sua própria felicidade. Eu aprendi que o único obstáculo que eu vou encontrar pra ser feliz vou ser eu mesma, e um dos primeiros passos para superar ESSE obstáculo é começar a dar valor e me preocupar com a minha vida, que já é trabalhosa por si só, e deixar a dos outros para os respectivos.

Tão mais fácil. Tão mais feliz.

Eu em NY, o melhor lugar do mundo, muito feliz, comprando muito, gastando dinheiro…

Estão com inveja?

Obs: escrevi esse texto quase todo no feminino porque, pelo menos no meu universo atual, só vejo mulheres com essa mania de perseguição. Odeio ser sexista. Mas fui.

P.

Na Playlist por Márcio Koenigkam: Chet Faker – Talk is Cheap

Meu desabafo

Primeiro quero deixar uma coisa esclarecida aqui: se ligar em moda e prestar atenção no que os outros vestem não é futilidade. E quem acha isso, por favor, vai estudar. Moda é arte, é expressão, é evolução e é história. Então baixem a bola os pseudo-intelectuais que se acham superiores a isso tudo. E se preparem pra aprender muito com a gente. O que você escolhe para vestir quando acorda de manhã e vai trabalhar, ou quando vai ao cinema com as amigas, ou para a noitada encher a cara, diz muito mais sobre você do que você imagina/gostaria. Eu consigo saber só pela sua roupa o nível da sua auto estima, interpretar a imagem que você faz de si mesma, descobrir o seu humor naquele dia, além de muitas outras coisas que me fogem a memória agora mas voltam rapidinho assim que você aparece na minha frente usando aquele seu short curtíssimo deixando pra fora todas suas celulites e suas coxas imensas.

Veja bem, nada contra celulites (Giselle tem) ou coxas imensas (eu até gostaria de umas coxinhas mais grossas): não existe corpo perfeito, existe corpo saudável (isso a gente fala outra hora) e existem pessoas que SABEM SE VESTIR. Você não precisa ser magra ou gostosa, essa ditadura (graças a Deus!) já saiu de moda. Mas você PRECISA ter bom senso. Nunca é demais. Enquanto você não aprender a se vestir adequadamente pro seu corpo você vai SIM ser criticada por isso. E as pessoas podem até não falar na sua cara que você está patética, inclusive vão curtir a sua foto do instagram na frente do espelho (frente e verso: porque você acha cool sensualizar), mas lá no fundo elas estarão te julgando, e rindo de você.

Eu (na verdade todos nós do OTR) estou/estamos aqui pra te ensinar que só porque você se sente bem com determinada roupa, não quer dizer que ela está boa. É muito importante se sentir bem, mas sem fazer papel de ridícula. Ser sexy sem ser vulgar não é só um clichê, é uma arte, e poucas mulheres sabem fazer isso. Todo mundo já errou, erra ou vai errar um dia, inclusive a pessoa que está digitando esse texto, cheia de atitude. O importante é estar sempre aberta a aprender.

Independente do seu estilo, da sua situação financeira, do seu humor e de qualquer outra variável, eu prometo: você pode ficar linda e chique, é só saber escolher.

Pode contar com a gente!

Vem comigo!

Paulinha P.

Na Playlist por Márcio Koenigkam: Zaz “Je veux” – Acoustic

Eu e o Tinder

O assunto é velho, mas o blog é novo, e só agora eu tive oportunidade de expressar meus sentimentos por essa ‘maravilha’ do mundo virtual, essa ferramenta interessantíssima que faz com que interações sociais sejam praticamente desnecessárias. Sim, estou falando do Tinder, queridinho de 8 entre 10 pessoas na faixa etária de 18 a 250 anos.

Como assim, você coloca suas fotos em um aplicativo, como se fosse uma vitrine, e ao mesmo tempo em que você é avaliada (por essas fotos MENTIROSAS que você posta para enganar a galera, porque vamos combinar, sem maquiagem não foi, com o bacon e as ancas aparecendo também não, e descabelada com remela na hora que você acordou eu duvido que rolou fotinho) você começa a olhar fotos tão irreais quanto as suas e se gostar de algum produto é só CURTIR. Se o carinha curtir de volta, abre-se um chat e começa a resenha. A partir daí, minha querida, é pá-pum até você estar dentro de um carro com esse desconhecido, os dois provavelmente bem decepcionados com a realidade, mas no clima do ‘é o que tem pra hoje’, e o que acontece todo mundo já sabe. Pelo menos em mais de 50% dos casos.

Gente, me chamem de old-school mas cadê o jogo de sedução, o charme, o mexer no cabelo??? E nós, meninas não tão gatas que conquistamos os garotos com nossas personalidades sensacionais? Eu não aceito, eu ME RECUSO a acreditar que a partir de agora é assim. Me entristece saber que uma mulher (ou um cara) saia para algum lugar e conheça uma pessoa, converse bastante, flerte animadamente, se despeça e no segundo seguinte o objeto de desejo está avaliando as 35 opções que surgiram no tinder, muitas vezes com a praticidade de ser no esquema ‘delivery’ ainda por cima (essa expressão roubei de um amigo).

O mundo moderno está cada vez mais triste, solitário, e difícil para os solteiros e solteiras que curtem a melhor parte de qualquer relacionamento, que é a conquista.

Por mim esse troço acabava agora.
Pronto falei. E falaria muito mais, só não quero ficar repetitiva.

E para ilustrar o que estou dizendo. Segue uma paródia do filme “The Social Network”, mostrando como o Tinder foi fundado, e qual é sua finalidade, segundo “o criador”.

Click no link – Tinder: The Movie

Tinder: The Movie – *Fonte: Funny or Die

Paulinha P.

Na Playlist por Márcio Koenigkam: Queens of The Stone Age – Make It Wit Chu

Sem me sufocar é mais legal.

Hey Guys!

Hoje NECESSITO falar sobre um assunto que me sufoca, me aterroriza e me apavora.

Todo mundo que me conhece sabe que eu sou louca por lojas de departamento, amo essas lojas imensas que tem de tudo. É mais pratico, e eu posso tomar meu tempo pra fazer o que eu quiser ali dentro. Me perco nas milhares de coisas que meus olhos alcançam. E isso me deixa ansiosamente excitada, como se estivesse avistando o pote de ouro em forma de batata frita lá no final do corredor, mas antes tivesse que percorrer ele por uma longa estrada de torta de merengue com morango. Sabe? Quando é tudo tão prazeroso? É esse sentimento que me possui.

E uma vez lá dentro baby, um abraço! Só saio no dia seguinte, ainda na dúvida se devia ter comprado aquele casaco ou não, decidindo onde vou usar a saia nova, com que sapato vou combinar a bolsa, e… “merda! Devia ter comprado aquele cinto…” Essa lenga lenga se repete TODAS  vezes. Por essas e outras prefiro ir sozinha ao shopping. Vou e volto no provador quantas vezes eu quiser e fico 20 minutos parada decidindo se levo o preto ou o branco, who cares?? ? Sou eu comigo mesma!

Tem coisa melhor do que se sentir LIVRE pra comprar o que quiser ou provar sem ter a obrigação de levar? Pra mim não. Essa liberdade é impagável, e por isso cometo o maior crime contra a minha pessoa, eu HESITO em entrar em lojas com vendedoras MALAS. Sim, aquelas que perseguem todos os seus passos dentro da loja, te observando dos pés a cabeça e soltando uma pérola cada vez que você toca em uma peça, “Nossa, essa daí está saindo muito, hein”, “É presente, ou é para você?”, “Ah, essa blusinha branca tenho em outras cores também”, “Vi que você olhou o vestido preto básico, dá uma olhada nesse aqui dourado com penas azul turquesa!”. PORQUE? PORQUE DEUS?

Eu não acho justo ter que passar por isso.

Vejo de tudo, vendedoras ociosas na porta da loja que quando o cliente entra uma empurra pra outra, outras MILHARES que não entendem que você só quer conhecer os produtos da marca e não necessariamente quer levar alguma coisa. Mais um bocado que não entendem que você provou, não gostou e não, NÃO vai levar por obrigação só porque ela fez cara feia ou de desapontada por você ter ido embora de mãos abanando. Isso pra mim nada mais é que FALTA DE PREPARO. Além de desagradável.

Antes de tudo, eu entendo, pois já fui uma vendedora, e nunca concordei com essa política terrorista de venda. Eu sei que por trás dessas vendedoras existem os gerentes, donos e afins que as pressionam a vender a qualquer custo. Mas poxa, custa usar um pouco de treinamento inteligente e atual, gente? Um cliente potencial pode ser perdido e nunca mais recuperado em alguns casos! Produto bom, às vezes vende por si só. Lógico que quem tem TATO ajuda MUITO numa venda, soma, agrega, mas nunca atrapalha. Não é preciso me cercar, fazer ronda, dar plantão do meu lado. Pessoas à vontade no ambiente sentem mais vontade ou prazer em comprar. Um vendedor bom tem esse feeling, percebe  as coisas e sabe a hora de entrar e sair de cena. Já me deparei com muitas vendedoras fofas que dá vontade de virar amiga, porque não são invasivas, sabe?

Eu me considero uma cliente potencial, e confesso que DESANIMO de entrar em muitas lojas pra não ter que passar por essa situação. Não é desesperador?  #sentemeudrama

Vocês também passam por isso? O.o

Oi! Eu poderia estar comprando com você 🙂

Rúbia.

Na Playlist por Márcio Koenigkam: Disclosure – Latch (Stwo & Phazz Edition) by PHAZZ